OBSERVAÇÃO DA OLEAJE DO MAR

 


A ondulação também chamada de marejada , oleaje ou olajeoleada das ondas do mar tem forte relação com o vento; de modo geral  altura e a direção das ondas correspondem sempre ao vento dominante. O tamanho e força das ondas do mar são função dos seguinte fatores:

a)  o período, ou seja o número de segundos que transcorrem desde um ponto de observação fixo (por exemplo, navio ancorado) entre a chegada de uma crista e outra de duas ondas sucessivas.

b) o comprimento da onda, quer dizer, a distância da crista de uma onda até a crista da onda seguinte (em metros). Este comprimento vria continuamente, significa dizer que duas ondas consecutivas podem ter comprimentos diferentes.

c) A velocidade de propagação das ondas sobre a água, magnitude de carater quase constante, sendo que, raramente que uma alcance a outra; normalmente é inferior a a velocidade do vento gerador da ondulação.

d) A altura da onda, ou a distância vertical entre o seio da onda e sua crista. A bordo dos navios mercantes é suficiente a determinação de sua direção pela rosa dos ventos da bússola e sua força ajustada à nove graus da escala de Beaufort. Quando se trata de mar agitado, pode se medir a altura das ondas usando um barómetro aneroide de precisão. Mas, em linhas gerais a medição da altura das ondas é feita à olho.

A observação da ondulação do mar tem importância para a segurança da navegação aérea; os capitães de navios, podem orientar um comandante de um avião que tenha intenção de amerissar; neste caso serão fornecidos pelo capitão do navio dados sobre altura, comprimento e inclinação da ondas.

Enquanto a ondulação do mar é produzida pelo vento reinante no local, o chamado mar a leva  ou mar surdo é gerado longe do lugar onde se encontra o observador. As ondas se entrecruzam amiúde com as ondas do oleaje do local de observação que torna difícil diferenciar os dois sistemas de de movimento. O serviços de apoio marítimo informam: a direção das ondas, o comprimento e a altura das ondas.


Acima temos uma previsão de 7 dias visualizada com 2 camadas Spire WMS diferentes. A camada de base é Altura de Onda Significativa e as linhas de contorno são Rajadas de Vento em nós. A relação entre vento e ondas é particularmente evidente aqui, com ondas maiores (as áreas vermelhas) frequentemente se formando e seguindo em regiões concentradas de ventos fortes.

O que é WMS?

WMS (Web Map Services) é um padrão criado pelo Open Geospatial Consortium para emitir camadas de mapas (imagens) através da internet.

MARES AGITADOS  PELO MUNDO 

Passagem de Drake

Navios navegando pela Antártida, precisarão estar preparados para o mar agitado na Passagem de Drake. Este é a região que fica entre o Cabo Horn e as Ilhas Shetland do Sul e é a travessia mais curta entre a Antártida e o resto do mundo. A Passagem de Drake conecta os oceanos Atlântico e Pacífico. Este é um dos mares mais agitados do mundo. Não há grandes massas de terra na área, então há um grande fluxo de corrente desimpedida que transporta um enorme volume de água através da passagem. Combine-se isto com altas velocidades do vento e você terá condições de grande agitação dentro do navio.

Passagem de Drake

O Golfo da Biscaia

O Golfo da Biscaia fica na costa oeste da França e o norte da Espanha o mar também pode ser agitado. Esta é uma área que experimenta o clima mais feroz do Atlântico e a combinação de ventos fortes e um fundo marinho raso pode produzir grandes ondas.
No verão o Golfo de Biscaia está mais calmo, enquanto se viajar no final da primavera poderá experimentar o fenômeno de June Gloom – um grande triângulo de neblina que pode preencher a parte sul da baía. 

Golfo de Biscaia

 

O Mediterrâneo

O Mediterrâneo pode ser surpreendentemente agitado para um mar aparentemente tão protegido. Tende a ser mais áspero no outono e inverno, quando os ventos são mais fortes e há maior chance de tempestades. Os mares agitados podem acontecer a qualquer momento. Derrotas pelo Mar Mediterrâneo Ocidental que geralmente partem de Barcelona ou Genova também podem ser afetados por um “medicane” (uma junção de furacão no Mediterrâneo). Esta é uma tempestade tropical que geralmente atinge a região cerca de uma vez por ano, mais comumente no outono. Isto também pode afetar o Mar Jônico durante janeiro e fevereiro, afetando a navegação de Veneza ou Istambul. 

Mar Mediterrâneo

O Caribe

Os belos mares quentes do Caribe podem ficar bastante tempestuosos durante a temporada de furacões. A temporada vai de junho até o final de novembro, mas o pico de furacões e tempestades tropicais é entre agosto e setembro. Portanto, este é provavelmente o momento dos capitãe de navios estarem atentos ao rumos serem tomados. Todas as ilhas do Caribe estão em risco de furacões, mas eles atingem mais comumente as Bahamas e as Ilhas Virgens Britânicas. Algumas partes do Caribe são mais propensas a mar agitado do que outras. Geralmente, onde um corpo de água se encontra com outro, há uma chance maior de mar agitado, então, além dos efeitos das tempestades tropicais, o mar é mais agitado onde o Caribe encontra o Oceano Atlântico.

Mar do Caribe

Mar do Sul da China

O Mar da China Meridional é uma área no noroeste do Oceano Pacífico que pode ser afetada por tempestades em qualquer época do ano e que podem causar mares agitados ou muito agitados. As maiores ondas são causadas por tufões e ciclones tropicais que são um risco durante uma temporada de tempestades tropicais que dura entre julho e novembro. A época de pico para tempestades é final de agosto e início de setembro. 
O principal porto nesta área é Cingapura, embora tenham navios mercantes partindo Hong Kong, Xangai, Pequim ou Bangkok. É mais provável que os capitães encontrem tufões ao cruzar o mar entre a China e lugares como Vietnã, Camboja ou Filipinas. 
Mar da China

Golfo do Alasca

Navegando-se pelo Alasca, se notará que a maior parte da navegação será por belas águas calmas da passagem interna, onde uma série de ilhas fornecerá abrigo para o navio e uma grande chance de navegação tranquila. 
Mas, se a derrota for pela demanda dos portos de Seward, Whittier ou Anchorage, terá que se atravessar o Golfo do Alasca. Esta é uma área muito mais encrespada, onde fortes correntes de superfície e ar frio do Ártico se encontram para gerar tempestades poderosas que afetam a Colúmbia Britânica e o oeste dos EUA. Tempestades podem acontecer a qualquer momento, mas o pior momento é entre outubro e fevereiro. 
Golfo do Alaska

O Oceano Atlântico

As travessias oceânicas são sempre propensas a encontrar mares agitados, uma vez que não há massa de terra próxima para fornecer abrigo do vento ou das correntes. Navegações entre Southampton e Nova York, podem esperar encontrar grandes ondas em qualquer época do ano. No entanto, os meses de inverno são os mais intensos e há uma boa chance de ter que se enfrentar mares muito agitados entre novembro e fevereiro. 



Oceano Atlântico

Oceano Pacífico

O Oceano Pacífico é ainda maior e menos protegido que o Atlântico, então, os capitães de navios podem esperar mares agitados se estiver cruzando entre a América do Norte e o Havaí ou a Ásia. 



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