GNSS
Inicialmente os nav-sat foram desenvolvidos para fins militares. Posteriormente, as necessidades de posicionamento para uso civil nos diversos segmentos como agricultura de precisão, sistemas de transportes e afins levaram ao surgimento de aplicações específicas neste sentido.[1]
Conceito de GNSS
O termo GNSS foi utilizado pela primeira vez em 1991 pela Associação Internacional de Aviação Civil (International Civil Aviation Organization - ICAO) para designar os sistemas de posicionamento por satélites artificiais com cobertura mundial.[2][3] Considera-se que para obter cobertura global, uma constelação de satélites deve possuir um mínimo de 24 satélites posicionados de forma a que um determinado receptor sobre a superfície terrestre possa ter um mínimo de quatro satélites no horizonte para serem detectados. Quatro satélites são utilizados para determinar a posição do receptor: o primeiro satélite é utilizado para sincronizar o tempo entre sistema de tempo dos satélites e do receptor, enquanto outros três satélites são utilizados para calcular as coordenadas tridimensionais.[3] Até a presente data, apenas dois sistemas GNSS são considerados plenamente operacionais e com alcance global: o sistema estadunidense Navstar GPS e o sistema russo GLONASS.[3] Desde dezembro de 2016, o sistema europeu Galileo, ainda que não de forma completa, tem fornecido também posicionamento com alcance global.[4]
Outros sistemas GNSS em desenvolvimento incluem o sistema chinês Compass.
É importante salientar que os sistemas GPS, GLONASS e COMPASS não possuem garantias de operação e são utilizados "tal como está". Isto significa que o sinal dos sistemas pode ser bloqueado ou degradado conforme a necessidade política-militar dos países que os mantém. Este problema levou ao surgimento de técnicas de combinação de sinal entre múltiplos sistemas GNSS (de modo que se uma constelação possui ruído no sinal, outra constelação ainda garanta o posicionamento) e propostas de sistemas de navegação para uso civil (como Galileo) que possuam garantias de operação.[3]
Ver também
Referências
- ↑ ab Monico, J.G. (2008). Posicionamento GNSS. descrição, fundamentos e aplicações. [S.l.]: UNESP
- ↑ Seeber, G. (2003). Satellite Geodesy. foundations, methods and applications. Berlin: Walter de Gruyter
- ↑ ab c d Vaz, J.A.; Pissardini, R.S.; Fonseca Júnior, E.S. (2013). «Comparação da cobertura e acurácia entre os sistemas GLONASS e GPS obtidas dos dados de observação de uma estação da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo». Revista Brasileira de Cartografia. 63 (3): 529-539. ISSN 1808-0936
- ↑ «Galileo begins service in the globe». European Space Agency. 2016. Consultado em 4 de agosto de 2017